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Maringá é a cidade que mais atrai voluntários

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Arquivo pessoal de Natalia Meyer

Natalia Meyer no seu trabalho voluntário (Foto: Arquivo particular/Natalia Meyer)

Segundo dados divulgados pela Prefeitura, Maringá recebeu no ano passado 153 intercambistas interessados em trabalhar como voluntários. Entre as instituições sociais da cidade que recebem intercambistas para serem voluntários está o Lar dos Velhinhos de Maringá. Kate Yong é voluntária no lar e disse que sempre quis fugir da correria dos grandes centros. Kate veio de Hong Kong, China, e afirma que como voluntária em Maringá consegue conviver mais com as pessoas e receber mais calor humano.

O voluntário é reconhecido pela Lei n° 9.608. No Art. 1º o texto traz a seguinte informação: “Considera-se serviço voluntário, para fins desta Lei, a atividade não remunerada, prestada por pessoa física a entidade pública de qualquer natureza ou a instituição privada de fins não lucrativos, que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência social, inclusive mutualidade”.

Conheci o abrigo porque resgatei uma fêmea grávida na rua e não consegui mais parar de ajudar

No livro, “Manual do Voluntário”, coordenado por Adriana Calvo, a definição é de que o verdadeiro voluntário é aquele que presta um serviço a alguém ou à comunidade sem visar lucro. Ela afirma que “ser voluntário ou cuidador é uma função maior, que exige responsabilidade e dedicação, além de que temos que estar preparados psicologicamente e tecnicamente”.

Voluntária na instituição Protetores Independentes de Maringá Natalia Prochoroff Meyer, 34 anos, química, disse que animais eram uma paixão. “Sempre gostei de animais. Conheci o abrigo porque resgatei uma fêmea grávida na rua e não consegui mais parar de ajudar.” Ela diz que o projeto era para ser apenas um lar provisório, recolher os animais, castrar e doá-los, mas com a dificuldade de doar os cachorros adultos, acabaram abrindo o abrigo. “Nosso intuito é conscientizar sobre a castração. A meu ver é a única maneira de acabar com o abandono de animais.”

Dentre as possibilidades de trabalhar nesse segmento tem de tudo: o “voluntário do lanche”, é um deles. São aqueles que entregam refeições em clínicas e hospitais, muitas vezes de oncologia. Na maioria das vezes o paciente vem de outra cidade, somente com o dinheiro da passagem e acaba passando o dia inteiro sem se alimentar.

Rita Barbosa, 44, chefe de confeitaria é voluntária do lanche, no Hospital do Câncer de Maringá, disse que, a iniciativa partiu de uma amiga, que estava com o pai doente. Essa vivência no hospital a fez ver que aqueles que eram atendidos pelo SUS, passavam necessidades. “Estar lá para servir, independente de quem for. Servir não só um lanche, mas um sorriso. Mostrar que não posso aliviar a dor, mas naquele momento ajudo a aliviar a fome e a sede. É mostrar que na luta, não estão sozinhos.”


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