Falta usar a criatividade na hora de escrever
Estamos chegando ao fim de mais um ano do Jornal Matéria Prima e o que podemos notar é que mesmo os repórteres sabendo que poderiam arriscar mais escrevendo, alguns optaram pelo comodismo e escreveram apenas sobre o que lhes agradava de qualquer maneira, e acabaram deixando a desejar.
As editorias mais “complexas” como Tecnologia e Economia, foram esquecidas pelos alunos que escrevem o JMP. Nem só de assuntos que interessam aos jornalistas são feitos os jornais, portanto escrever sobre um assunto que saia da “zona de conforto” deveria ser mais um desafio, um teste que mais tarde, no mercado de trabalho, vai acontecer. De acordo com o livro “Teoria do Jornalismo”, de Felipe Pena, é um velho clichê falar que jornalistas são profissionais especialistas em generalidades. Entretanto, Pena afirma que esse clichê tem a intenção de mostrar que os jornalistas tem a necessidade de ter habilidades e conhecimentos ecléticos para a profissão.
Além de escolherem sobre o que falar, muitos deixaram de lado a arte de escrever bem, e simplesmente “jogaram” a notícia para o leitor. Um exemplo de escrita diferente desses “preguiçosos” são os textos escritos por Bruna Tamires, que na construção da notícia narra a história do personagem com leveza e acabava por prender o leitor do início ao fim. O que mostra que ela “investigou” e mergulhou na história do personagem.
Segundo o livro “A arte de escrever bem – Um guia para jornalistas e profissionais do texto” de Dad Squarisi e Arlete Salvador, escrever é fundamental, afinal nos dias de hoje quem não precisa escrever um e-mail, fazer um vestibular ou escrever uma notícia?
A Língua Portuguesa é a ferramenta básica de muitos profissionais
A Língua Portuguesa é a ferramenta básica de muitos, e ter o domínio da escrita se torna elemento essencial para definir o êxito desses profissionais. O fato é, que jornalistas não devem apenas escrever. É preciso entender e atender quem está na outra ponta, ou seja, o leitor. Squarisi e Salvador citam três ingredientes fundamentais para isso: linguagem clara, informações precisas e estilo atraente.
Considerando que os repórteres do JMP tem um tempo diferente de uma redação, (uma semana para elaboração da pauta e mais uma semana para produção dos textos), este deveria ter se dedicado ao máximo como a criatividade posta em prática. O erro dos estudantes está justamente em manter a mesmice dos jornais e não arriscar na hora da escrita.